Contran aprova novas regras para carteira de habilitação

01/12/2025

Carlos Duarte

O Contran aprovou nesta segunda (1º/12/2025) uma nova resolução que acaba com a obrigatoriedade de fazer todo o processo de aulas em autoescolas para obter a CNH.

A partir de agora, o candidato poderá escolher como fazer a preparação para a habilitação: poderá usar uma autoescola tradicional, contratar instrutores autônomos credenciados pelos Detrans, ou optar por formas alternativas — de acordo com sua conveniência.

A chamada “carga horária obrigatória” para aulas práticas, que atualmente é de 20 horas, será reduzida para apenas 2 horas mínimas.

O curso teórico deixará de ser tão restrito: será disponibilizado de forma gratuita e 100% digital para todos os candidatos, com opção de realização online. Quem preferir também poderá estudar presencialmente, em autoescolas ou instituições credenciadas.


O que continua igual

As provas teóricas e práticas para obtenção da CNH continuam obrigatórias — quem quiser dirigir terá de ser aprovado nesses exames.

Para categorias que exigem exame toxicológico (como C, D e E — cargas e transportes de passageiros), esse requisito segue valendo.


Objetivos e justificativas da mudança

O governo afirma que a medida visa tornar a CNH mais acessível e barata — já que as autoescolas representavam grande parte do custo do processo. Com a flexibilização, o valor para obter a habilitação pode cair em até 80%.

A ideia é mudar um modelo considerado muitas vezes caro e burocrático, facilitando o acesso à habilitação, especialmente para pessoas de baixa renda ou com dificuldade de conciliar horários de autoescola.

O processo de abertura para a CNH poderá ser feito digitalmente — via site do governo ou pela Carteira Digital de Trânsito (CDT) — reduzindo burocracias.


Pontos de atenção, críticas e próximos passos

A nova regra só valerá de fato a partir da publicação no Diário Oficial da União (DOU). Até lá, o formato permanece o mesmo.

O setor de autoescolas já expressou preocupação: há quem estime que a mudança pode levar empresas a fecharem, dado o provável menor número de alunos.

Outro ponto debatido: apesar da flexibilização, continua a exigência de prova teórica e prática — e isso dependerá da fiscalização e qualidade dos instrutores autônomos para manter o padrão de segurança no trânsito.

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